Exame de biópsia
Apesar de ser comum um certo receio popular ao ouvir o nome biópsia, o exame não está somente ligado ao diagnóstico da presença de doenças graves, afinal a maioria delas revela situações simples e benignas. Esse temor está diretamente relacionado com a falta de informação sobre o exame. Por isso, se você nutre algum medo em relação à biópsia, este artigo é para você!
O exame de biópsia consiste na remoção de uma amostra de tecido vivo com a finalidade de avaliação anatomopatológica laboratorial. Essa avaliação determina a intensidade e a presença ou ausência de doenças como o câncer, e se o mesmo é benigno ou maligno. O exame pode ser realizado em quase todas as regiões do corpo humano e também auxilia na avaliação de condições dos órgãos e dos mais variados tecidos.
A análise da amostra removida é analisada por um patologista, médico especializado na interpretação de exames laboratoriais e avaliação de órgãos, células e tecidos para o diagnóstico de doenças. Quando o exame é solicitado, se torna uma parte imprescindível do processo de investigação de uma doença, auxiliando no esclarecimento do diagnóstico.
A biópsia também possibilita o diagnóstico, e fornece informações que colaboram para a definição da melhor e mais adequada conduta terapêutica. No caso da doenças infecciosas, o exame ajuda na determinação do agente causador e no caso das doenças autoimunes, na confirmação ou informação sobre alterações em órgãos e tecidos. Existem vários tipos de biópsia, e a escolha de um deles depende especificamente do caso apresentado pela paciente.
TIPOS MAIS COMUNS DE BIÓPSIA:
Biópsia do útero: A biópsia uterina faz a identificação de possíveis alterações no tecido que reveste o útero.
Biópsia do fígado: Serve para diagnosticar câncer ou outras lesões do fígado como cirrose ou hepatite B e C;
Biópsia da medula: A biópsia medular ajuda no diagnóstico e no monitoramento da evolução de doenças no sangue como leucemia e linfoma;
Biópsia dos rins: Este tipo de biópsia é geralmente realizada quando existem proteínas ou sangue na urina, o que ajuda na identificação de problemas nos rins.
Biópsia mamária: É um exame diagnóstico no qual é extraido um fragmento do tecido do interior da mama, geralmente de um nódulo, com o intuito de avaliar em laboratótio se existem células cancerígenas. A biópsia de mama é um procedimento simples que só exige a aplicação de anestesia local, sem necessitar de internação.
Biópsia gástrica: A biópsia de câncer de estômago é frequentemente realizada durante uma endoscopia digestiva alta. Se o médico visualiza áreas anormais no revestimento do estômago durante o procedimento, são inseridos instrumentos para recolher amostras dessas áreas.
Cada biópsia pode ser de múltiplos tipos e classificada de diversas formas, que incluem:
Biópsia extemporânea: significa “fora do período ideal”, por ser realizada durante o processo cirúrgico;
Biópsia cirúrgica: é realizada no centro cirúrgico durante o ato cirúrgico e oferece a vantagem de ser feita por congelamento durante o procedimento, aumentando as margens de segurança e precisão no diagnóstico. Existem dois tipos, que são:
Biópsia incisional: onde é retirada apenas uma parte da lesão a ser analisada;
Biópsia excisional: neste caso há a retirada inteira da lesão a ser analisada,geralmente usa-se anestesia geral ou local e é realizada com uma cirurgia maior;
Biópsia externa: da pele ou mucosas;
Biópsia interna: pode ser realizada sendo guiada por palpação, raio X, endoscopias dos órgãos ocos e por punção ecoguiada dos órgãos maciços;
Biópsia de congelação: é extraída e congelada uma amostra de tecido durante uma cirurgia. Com o intuito de diagnosticar rapidamente se um órgão com tumor, tireoide ou mama, deve ser retirado;
Biópsia do linfonodo: este tipo de biópsia ajuda na análise dos linfonodos axilares aumentados para confirmar se a doença está disseminada.
Punção e aspiração com agulha grossa (PAAG): para um diagnóstico mais preciso são aspiradas de três a seis amostras do tecido glandular, com o uso da anestesia local;
Punção e aspiração com agulha fina (PAAF): durante a punção são retiradas as células e líquido de processos tumorais de glândulas, como os presente na tireoide ou nas mamas.
Além destes tipos de biópsia tradicional também existe a biópsia líquida, que é um exame de sangue para identificar e analisar as células cancerígenas.