Exame de Imunohistoquímico

O exame imunohistoquímico (IH) e o exame imunocitoquímico são realizados para pesquisa de deteminados antígenos (proteínas) nas células ou tecidos do tumor.
O exame imunohistoquimico é utilizado para:
1- Classificar as neoplasias:
Tumor originado de células epiteliais : Carcinoma.
Tumor originado de células mesenquimais : Sarcoma
Tumor originado de linfócitos : Linfoma.

2- Tentar definir o sítio primário da neoplasia:
Se o tumor estiver disseminado, não for possível através da morfologia dizer especificar em que órgão se originou o tumor e a biópsia confirmar que trata-se de um tumor epitelial maligno pouco diferenciado (Carcinoma pouco diferenciado), inicia-se uma pesquisa com uma série de anticorpos nesse tumor que podem indicar com maior ou menor exatidão qual o local primário da neoplasia. A determinação do sítio primário é muito importante, pois o tratamento varia de acordo com o órgão onde se originou o carcinoma.

3- Pesquisar qual é a proteína que o tumor expressa para ser alvo de terapia específica.
Nos casos de câncer de mama, pesquisa-se a expressão do oncogene Her-2. Quando o tumor tem amplificação deste gene (ou seja, quando ele é positivo para HER-2) ele tem um potencial metastático grande, mas por outro lado vai responder a um tratamento específico (Traztuzumab®), que permite maior sobrevida quando comparado com a quimioterapia sem este medicamento. Quando o tumor é negativo para HER-2 este medicamento não tem o mesmo efeito.
Ainda no câncer de mama, há também a pesquisa de receptores de estrógeno e progesterona no tumor. Quando os resultados se confirmam fazem com que a paciente se beneficie da quimioprevenção da recorrência tumoral e do surgimento de um novo câncer na mama contralateral, através do uso de drogas que bloqueiam os receptores de estrógeno (Tamoxifeno®, Raloxifeno® e os Inibidores da Aromatase).

Outro exemplo também importante é a pesquisa da imunoexpressão do antígeno CD20 nos Linfomas porque quando positiva, o paciente pode se beneficiar do uso de drogas que têm como alvo o antígeno CD20, como o Rituximab®. No laboratório de anatomia patológica contamos com um acervo de aproximadamente 120 anticorpos. No ano de 2010, foram realizados 4000 exames imunohistoquímicos.